terça-feira, 15 de abril de 2008

Se p implica em q ... você é indie!

O pessoal que curte música indie forma uma tribo bem característica. Além de curtirem esse tipo especial de música, possuem uma identidade visual, e suas manias e comportamentos típicos.
Se você não sabe como identificar um indie, provavelmente você não é um deles, mas aí vai um checklist para você saber do que eu estou falando:
- usam óculos com aros grossos;
- adoram tênis adidas ou all star;
- no inverno, cachecol;
- cabelo estilo "playmobil" (não achei descrição melhor que essa).
Essas características foram as que eu observei no Tim Festival do ano passado. Nunca tinha visto tanta gente parecida no mesmo lugar! A Desciclopedia tem uma outra imensa lista de características indies, que vão de "gostar de café" a "achar que moram em Londres", mas, como alerta o artigo, o objetivo ali é ser ofensivo, ao contrário do que estamos escrevendo aqui.
Eu, da mesma maneira que adotei a música, usaria os tênis all star, que eu acho lindos há muito tempo, desde a época em que só havia de cano alto.
Os indies também são muito ligados em cultura: livros inteligentes, filmes inteligentes, conversas idem (engraçado, eu também!). Entretanto, há variações no que significa ser inteligente. Li em alguns lugares que ler HP é indie, mas há indies que torcem o nariz para o bruxinho.
Aliás, torcer o nariz é algo bem indie, assim como o ar "blasé". Eu, pessoalmente, descreveria isso como uma certa falta de entusiasmo, ou um medinho de se entusiasmar pelas coisas. Aí eu descobri que, definitivamente, eu não sou indie, pois eu chego a botar os pés pelas mãos quando me entusiasmo com alguma coisa.
Eu e o César chegamos à conclusão de que o sorvete mais tipicamente indie é o sorvete de flocos. Acho que é porque tem chocolate (que os indies gostam), mas não muito, o que lhes permite serem blasés ao degustarem, hehehe!
Então, para os indies de plantão, e para a Elina, que está me cobrando há muito tempo, e também para o João que me ensinou como dar chutes conscientes ao responder a uma prova objetiva, ufa!, aí vai a receita do meu sorvete. Aqui, na versão "flocos".

Sorvete de flocos

1 litro de leite
250 gramas de açúcar
100 gramas de leite em pó
120 g de creme de leite
1 colher de sopa rasa de liga neutra
1 colher de sopa rasa se sorvetina sabor nata
1 colher de chá de emulsificante (Emustab)
200 g de chocolate meio-amargo

Bata no liqüidificador o leite, o açúcar, o leite em pó, o creme de leite e a liga neutra, por 2 minutos. Coloque em um pote com tampa e leve ao freezer até que esteja 50% congelado. Se congelar demais, degele um pouco no microondas.
Derreta o chocolate em banho-maria ou no microondas.
Coloque a mistura congelada na batedeira e acrescente a sorvetina e o Emustab. Bata em velocidade máxima até que a mistura cresça e dobre ou triplique de volume. Desligue a batedeira e coloque o chocolate derretido, espalhando-o pela tigela. ele vai começar a endurecer pelo contato com o sorvete frio. Em seguida, ligue a batedeira novamente, para quebrar o chocolate em pedaços menores.
Coloque em um pote e leve ao freezer por cerca de 6 horas.

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Uma olhadinha por cima do muro

A gente adquire, com o tempo, hábitos e gostos em relação a livros, música, cinema e outros "produtos culturais".
De vez em quando, entretanto, vale a pena olhar por cima do muro e ver o que acontece nos outros lados da vida.
Foi o que fiz no ano passado quando conheci o indie rock. Para os não-iniciados, vale uma visitinha à Wikipedia.
"Indie" vem de "independente", porque esse tipo de rock é feito por bandas que não foram lançadas por grandes gravadoras.
Eu tenho uma certa dificuldade de me empolgar com músicas novas, e dessa vez não foi diferente, mas acabei descobrindo bandas e músicas que entraram definitivamente no meu coração.
Então, alguns nomes, que até certo tempo atrás não me diziam nada, agora são presença constante no meu fone de ouvido: Strokes, Flamming Lips, Arctic Monkeys, White Stripes, The Killers. E tem outras bandas menos conhecidas que essas, mas eu não vou entregar o jogo todo de uma vez.
Vou é colocar uma amostrinha dos Strokes para quem quiser conhecer...



Por que estou contando essa história aqui? Porque ela tem uma liçãozinha a ensinar. Por mais que a gente conheça muitas coisas, sempre há algo novo a aprender. É importante, para nunca envelhecer, manter acesa a curiosidade. E ter um coração sempre aberto para novos amores.

Para escrever este post, eu fiz uma pequena pesquisa, e descobri (obrigada, César!), que o pessoal que curte o indie rock, aqui em Curitiba, costuma freqüentar, entre outros lugares, o James Bar. E, em termos culinários (afinal chegamos na comida), curtem a pizza de pão sírio que é especialidade do lugar.
Eu nunca experimentei a iguaria, mas tudo o que tem "pizza" no nome deve ser bom. Aí vai a versão (minha e do César) da pizza de pão sírio. Se alguém não concordar, discorde!

Pizza de pão sírio do James

Ingredientes

pão sírio
molho de tomate
presunto fatiado
queijo fatiado
orégano

Sobre o pão sírio fechado, espalhe um pouco de molho de tomate e, sobre ele, coloque uma fatia de presunto e uma fatia de queijo (ou mais, se você quiser). Polvilhe com orégano e leve ao forno elétrico (totalmente indie!) para derreter o queijo. E aí é só comer! Ao som dos Arctic Monkeys...

 Arctic Monkeys - Fluorescent Adolescent

terça-feira, 8 de abril de 2008

Na ponta da língua

Uma frase escrita pelo Cláudio, na apresentação do seu novo blog, me chamou a atenção. Ao falar sobre a Língua (não o órgão), ele diz: “Ao estudá-la e praticá-la, vemos que estamos também aprendendo mais sobre os outros e nós mesmos.”
Realmente, se observarmos com atenção não só o que as pessoas dizem, mas a forma como se comunicam, podemos enriquecer a maneira como as vemos. Nós mesmos mostramos facetas diferentes quando conversamos e quando escrevemos. E quando exercitamos a comunicação com freqüência, acabamos por refiná-la. Eu percebi, por exemplo, que tenho pelo menos três maneiras diferentes de escrever nos meus blogs, dependendo do público a que me dirijo (e hoje parece que estou escrevendo em outro blog, não neste).
Mas eu gostei mesmo da parte que diz que aprendemos sobre nós mesmos ao nos comunicarmos. Sempre gostei de escrever, mas durante muito tempo eu deixei isso de lado. Agora, com meus blogs e o trabalho, que me obriga a escrever muito, fiquei viciada pela comunicação escrita, e me encantei pelas sutilezas que podem ser modeladas quando se pensa sobre o que se escreve. Antes de se pensar na melhor forma de escrever é preciso refletir cuidadosamente sobre o que se pensa.
Aí eu começo a divagar e me envolver nisso de tal forma que chego a pensar que toda a comunicação essencial entre duas pessoas deveria ser feita por escrito!
Pedido de casamento? Comunicação de gravidez? Declaração de amor ou amizade? Pito? Bronca? Por escrito é muito melhor! Até o palavrão sincero, que soa muito bem quando falado de boca cheia, ganha na sua forma escrita, porque pode ser usado com a delicadeza de um bisturi.
Então, finalizando essa “terapia da escrita”, agradeço a todos os meus leitores pela colaboração na escrita do blog. É uma colaboração apenas figurativa, mas essencial para que eu possa pensar em vocês e escrever para vocês!
E de presente aos meus "colaboradores", aí vai uma receitinha! Uma homenagem a quem gosta de escrever...abobrinhas!


Suflê de abobrinha

Ingredientes

1 abobrinha grande ralada
3 ovos
3 colheres de sopa de margarina
3 colheres de sopa de farinha de trigo
250 ml (1 copo) de leite
50 g de queijo parmesão ralado
sal
noz-moscada
pimenta-do-reino

Derreta a margarina e refogue a abobrinha ralada.
Polvilhe a farinha de trigo sobre a abobrinha e mexa bem.
Acrescente o leite, um pouquinho de cada vez, mexendo sempre após cada adição. Mantenha a mistura sempre homogênea.
Desligue o fogo, acrescente as três gemas dos ovos e mexa bem. Reserve as claras.
Ligue o fogo novamente e tempere a mistura com noz-moscada e pimenta-do-reino a gosto.
Acrescente a metade (25 g) do queijo parmesão ralado. Experimente e corrija o sal.
Desligue o fogo e adicione à mistura as claras batidas em neve, misturando delicadamente.
Unte um prato refratário fundo com margarina e polvilhe-o com farinha de trigo. Coloque a mistura no prato e leve-a ao forno quente por cerca de 45 minutos ou até que o suflê esteja dourado.
Sirva imediatamente.