sábado, 14 de julho de 2007

Um doce tão gostoso que dá medo!



ATENÇÃO: este post tem trilha sonora.
Clique para ouvir antes de começar a ler.


* trilha do filme "Halloween" (1978), clássico de John Carpenter

Acabam de soar as 12 badaladas desta sexta-feira 13, e o mágico aqui virou bruxo.

Vou ensinar vocês a fazerem um doce tão, tão, tão gostoso que dá medo. Isso porque vai uma quantidade considerável de açúcar e creme de leite. Ou seja, depois de comer, vocês vão fugir da balança como as mocinhas fogem do serial-killer.

Esse doce ainda não tem nome.
Querem sugerir algum?

Vamos lá!

Ingredientes:
• Uma abóbora bem bonita e firme. Cuidado pra não se empolgar e pegar uma muuuuito grande, porque o doce é pesado e rende muito. Se você comer demais, vai ter dor de barriga e pesadelos com seu nutricionista!
Açúcar (bastante). Para uma abóbora pequena, vai + ou - 1kg.
Creme de leite de lata, sem soro (bastante). Para uma abóbora pequena, eu costumo usar entre 3 e 4 latas. ATENÇÂO: assim que chegar em casa, coloque as latas na geladeira. Isso vai ajudar na hora de tirar o soro. Eu prefiro usar de lata também porque é mais fácil separar o soro do creme.
Cravo e canela a gosto.

Como fazer:
1) Lave bem a abóbora por fora, faça um buraco no topo dela e guarde o pedaço cortado. Ele será útil na fase final de preparação.
1.1) Lembre: enquanto isso, mantenha o creme de leite na geladeira!

2) Retire as "tripas" (os fiapos) e as sementes da abóbora, deixando só a "carne", ou seja, a parte dura da abóbora.

3) Preencha o vazio com açúcar, cravo e canela, deixando um espaço de 3 dedos entre o açúcar e o topo da abóbora. Leve ao forno e deixe até isso virar um caldo (leva entre 1 e 2 horas, dependendo do tamanho da abóbora).

4) Minutos antes de retirar a abóbora do forno, retire o soro das latas de creme.

5) Feito o caldo, retire a abóbora do forno. Retire o caldo de dentro dela usando uma concha, e reserve em um refratário, ou em uma leiteira.

6) Imediatamente depois que tirar o caldo, preencha o espaço vazio da abóbora com o creme sem soro. Soque mesmo, garanta que todo o espaço seja preenchido com a maior concentração possível de creme, até o topo, só deixando o espaço para encaixar a "tampa" da abóbora, que você tirou no passo "1" desta receita.

7) Pronto. Deixe a abóbora na geladeira de um dia para o outro.

8) No dia seguinte, se o bicho-papão não tiver aparecido no meio da noite, a abóbora estará lá, esperando para ser brutalmente cortada em fatias e devorada com a calda de açúcar quente!!!

Não se matem pelo último pedaço, ok? Acabou, é só fazer de novo!

* Dica: antes de levar a abóbora ao forno, você pode desenhar sobre a superfície dela. Eu fiz esses tempos para o aniversário de um amigo: reproduzi, na abóbora, uma tatuagem que ele tem no braço. Foi bem fácil, e ficou show. É só colocar um pedaço de plástico sobre a área que você vai desenhar (pode ser um pedaço de sacola de mercado) e colar com durex ou esparadrapo. Marque suavemente o desenho com uma tampa de caneta (não pode furar a casca!), retire o plástico e pronto!
Veja como ficou:



* E agora, uma maldição: quem fizer a abóbora durante o fim de semana e NÃO me trouxer um pedaço na segunda vai... levar pito!
(eu sou um bruxo bonzinho, não transformo ninguém em sapo)


>>> Ontem, além de sexta-feira 13... foi também Dia Mundial do Rock!
Então venham curtir o rock do bicho-papão comigo!
Clique aqui para acessar o meu blog e ouvir.

Boo!

sexta-feira, 13 de julho de 2007

Hoje, à meia-noite...

... o post especial de sexta-feira 13, com um doce assustadoramente delicioso para vocês curtirem no sábado 14.
Não percam, ou o bicho-papão vai pegar todos vocês!
Huhuhuhuhuhuhohohohohohohahahahahahahahaha (gargalhada de bruxo)

quinta-feira, 12 de julho de 2007

Eu, mágico (ou mentiroso...)



Era uma vez um blog de histórias e receitas chamado “Encantamentos”. Era muito interessante, e tinha uma significativa credibilidade, até que sua dona, a Taís, convidou para ser colaborador... UM HOMEM DE 28 ANOS QUE MORA SOZINHO!!!
Como assim?
Aquele tipo de sujeito que não sabe nem fritar ovo, engole qualquer coisa, adora junk-food?

Calma. Eu juro que há uma explicação pra isso. E é plausível!
Primeiro que eu gosto sim de cozinhar. De vez em quando, mas gosto. E, de uns tempos pra cá, sempre que eu e a Tais nos encontramos pra almoçar, tenho algo novo pra contar sobre "o que fiz pra jantar ontem à noite". E ela gosta. Ela entende de comida, então... isso já bastaria.

Mas tem mais. Pensem só: homem solteiro sabe fazer compras? Só vou ao mercado quando preciso de pilhas pro controle remoto da TV, de sorvete, de "refil de cera vermelha para piso de madeira Poliflor" (quando a minha diarista liga apavorada dizendo que não tem nada em casa para ela trabalhar), ou então de uma cervejinha... (ahhh, uma cervejinha...)

Quando me arrisco a trazer comida pra casa, chego com uma sacola de cada cor e tamanho, contendo coisas tão desconexas e em quantidades tão desproporcionais quanto dez potes de Nutella e um quilo de feijão.

Junte as peças: um homem solteiro que abre a geladeira às 3 da manhã, encontra dez potes de Nutella, um quilo de feijão ("ele guarda o pacote de feijão na geladeira?") e ainda consegue produzir algo que faz a Taís dizer "hummmm..., me dá a receita" é, no mínimo, um mágico. Ou um mentiroso. Mas um mentiroso não iria publicar suas receitas de mentira num blog, não é mesmo?

Então, acreditem: minhas receitas são gostosas e fáceis, meus causos são engraçados, e vocês vão gostar.

Só não vou postar receita hoje porque não tenho o que contar sobre “o que eu fiz ontem à noite”.

(silêncio...)

(silêncio...)

(silêncio...)

Tá, eu confesso: num ataque de “homem solteiro preguiçoso”, passei no Habib’s e devorei 10 esfirras de carne de R$0,59 em 5 minutos.
Amanhã, prometo me redimir disso, ok?

Até lá!

quarta-feira, 11 de julho de 2007

Não é matemático, mas veio para somar...

Novidade no blog: agora tenho um colaborador. Para acabar de vez com a história de que cozinha é lugar de mulher, o César está chegando!

Depois dele experimentar as cocadinhas que eu fiz (receita no primeiro post), e retribuir com uma ou duas receitas, chegamos ao entendimento de que era melhor ele dividi-las diretamente com os leitores do blog.

O César é um dos amigos que eu citei no último post, que fazem a gente enxergar a cozinha de um outro jeito. E que me divertem, também.

Então, a partir de hoje, eu, como boa matemática, faço meu exercício de divisão: divido o César com os leitores do blog.

Boa diversão!

quarta-feira, 4 de julho de 2007

Eu e minha panelinha

Gosto de homens que cozinham. Não me refiro a profissionais, e nem mesmo a homens como o meu pai (cujas aventuras culinárias já contei aqui), que acabam por adquirir intimidade com a cozinha.

Falo dos meus muitos amigos e colegas que, um dia, de repente, me confessam no meio de uma conversa: "Sei fazer uma macarronada deliciosa!" ou "Adoro preparar uma saladinha. Rúcula, por exemplo, vai muito bem com alface americana."

Essas pessoas me encantam! Em primeiro lugar, não há uma única gota de pedantismo nessas confissões masculinas. Ao contrário de nós, mulheres, que ainda consideramos uma boa receita um grande trunfo (sem preconceitos... eu sou a primeira a admitir isso!), eles compartilham com humildade seus segredinhos, como quem pede desculpas pela ousadia.

E o interessante é que as receitas masculinas sempre me surpreendem: jeitos diferentes de fazer um prato conhecido, combinações inusitadas de ingredientes e... uma grande desconsideração pelos princípios de Economia doméstica!

Mas o que eu gosto nesses meus amigos é que cozinhar, para eles, é uma distraçãozinha, um pequeno prazer, geralmente solitário. É um momento que eu poderia chamar de "eu e minha panelinha". E quando eles relatam suas experiências culinárias, passam esse gostinho de novidade, de descoberta.

Por isso, amigos, continuem!

E a receita de hoje é bem legal para os meninos prepararem para receberem os amigos, pois vai bem com uma cervejinha...

Bolinho de Queijo

1 ovo
100 g de queijo ralado
Amido de milho (maizena)
Óleo para fritar

Misture o ovo eo queijo. Junte maizena, aos poucos, até a mistura ficar bem compacta. Faça bolinhas e frite em óleo quente.

Dica - Não jogue o óleo da fritura na pia! Depois de frio, coloque em uma garrafa descartável e entregue a quem faz reciclagem. Se não souber a quem entregar, coloque a garrafa no lixo, fechada.