Já percebi que esse sentimento é tão disseminado, que mesmo as pessoas que não lutam contra a balança sentem-se culpadas depois de uma orgia alimentícia. E o triste nisso tudo é que a culpa acaba minando o prazer que se deveria sentir.
Mas não são apenas os prazeres da mesa que acabam prejudicados por um sentimento que não nos deixa usufruir completamente as coisas boas da vida. Por exemplo, sempre tive "um pé atrás" com a frase que é, talvez, a mais citada do Pequeno Príncipe: "Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas." É uma frase maravilhosa, mas acredito que muitas pessoas preferem não cativar ninguém para não arcar com a tal responsabilidade. Ou seja, é melhor evitar logo de cara a possibilidade de um dia chegar a se sentir culpado.
Como conviver com isso, ou melhor, como enfrentar esse sentimento? Com leveza, talvez. Com risadas. Aceitando as pequenas e as grandes alegrias, e vigiando, apenas, para que não prejudiquem a ninguém. Porque a culpa, em geral, é um exagero dessa vigilância.
Uma das canções dos Beatles tem uma frase que (embora eu a empregue completamente fora do contexto da música) dá uma pista sobre a atitude que deveríamos ter diante das coisas legais que nos acontecem: "Yes, she loves you, and you know you should be glad." (algo como: "Ela te ama, e você deveria estar contente." ). Sim, apenas ficar contente e seguir a vida. Mas, se ele não está contente, eu imagino que é porque está pensando no problema de ser "eternamente responsável por aquilo que cativou".
Ou seja: "Você comeu sozinho um maravilhoso pudim brigadeirão; deveria estar contente, mas está se afogando no sentimento de culpa!"
Então, faça o teste, prepare o pudim! Não precisa comer inteiro, mas usufrua com prazer o que comer. E, pelo amor de Deus, não vá jogar o pudim inteiro fora!
P.S. Essa história da culpa é muito complexa. Acho que voltarei ao assunto em outras ocasiões.
Pudim Brigadeirão
2 latas de leite condensado
1 vidro (200 ml) de leite de coco
4 ovos
1 colher (de sopa) de margarina
1 xícara de chocolate em pó
Bata todos os ingredientes no liqüidificador e coloque em uma forma de pudim untada com margarina e polvilhada com chocolate em pó.
Leve ao forno em banho-maria de
Dica 1 – Para usar o banho-maria no forno, coloque a forma de pudim dentro de outra, redonda, por exemplo, maior do que ela, e coloque no forno quente. Com uma caneca ou chaleira, coloque água fervente na forma maior. Não coloque água fria, porque demora muito para atingir a temperatura que vai cozinhar o pudim.
Dica 2 – Leia o Pequeno Príncipe. Há muitas outras frases lindas no livro, que escondem, na sua simplicidade, belas lições de vida, como essa: "É preciso que eu suporte duas ou três larvas se quiser conhecer as borboletas".
3 comentários:
oi thaís!
obrigada pelo seu post tão gentil lá no meu blog. passeei aqui pelo seu e vi que também vou vir mais vezes buscar suas sugestões de comidinhas.
é incrível como essa coisa da culpa é forte, não? esses padrões que ficam sufocando a gente com essas magrezas, nível de colesterol, isso, aquilo. às vezes a vida saudável é um saco.
beijinho.
ops, taís sem h.
Janaína,
A gentileza foi sua em passar por aqui!
Vamos trocar dicas culturais por dicas de comidinhas, ok?
Acho que eu saio ganhando, porque livros não engordam, rsrsrs!
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